terça-feira, 4 de janeiro de 2011


Da procura incasável por uma canção que te pudesse dizer, restou-me nada
Que as canções já falam o que querem
Eram palavras minhas o que me faltavam
E elas nunca me chegaram até então
Noites insone
Um imberbe sentimento de aproveitar-te
Sem saber como traduzir-te
E sabendo, ainda assim, que não havia tradução possível.
Recorri a todos os líricos e simbolistas e (pasmem) cubistas
E nada me vinha.
Pobres poetas esquecidos!
Medíocres por não te terem conhecido
Eu, mais que eles,
Pálido de dó dos antigos arautos,
Conheci a verdadeira, a mais pura poesia:
Teus olhos esmaecendo seu brilho em minha cama
A procurar teu sono.

Um comentário:

  1. "Recorri a todos os líricos e simbolistas e (pasmem) cubistas"
    HAHAHAHAHAH
    Maravilhoso!
    HAHAHAHAHAH

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