terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Poemeto de Inverno I


Um soco na boca do estômago
Sentimento de quem fica
Uma ave disforme e sem penas
Saía pela porta parecendo dizer até
Um pouco de rio nos olhos estáticos
Um tanto de mar
Separava o bote, esfomeado por terra,
Do farol orientador.
Era quase noite
E era quase igual ao frio que agora faz
A tempestade se fazia além das telhas
Apenas testemunhava ali, escondido de pavor,
Um pobre guarda-chuva,
Morcego molhado escorrendo atrás da porta.

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